Jean-Jacques Rousseau foi um dos filósofos mais influentes do Iluminismo, movimento intelectual que marcou o século XVIII na Europa. Nascido em Genebra, na Suíça, em 1712, Rousseau teve uma vida conturbada marcada por conflitos pessoais e ideológicos. Suas obras, no entanto, tiveram um grande impacto na teoria política, na filosofia da educação e na cultura em geral.

A obra mais conhecida de Rousseau é o Contrato Social, de 1762, na qual o filósofo discute a importância do pacto social na organização das sociedades humanas. Segundo ele, somente a vontade geral dos indivíduos é capaz de fundar um Estado justo e livre. O Contrato Social também trata de questões como a liberdade, a igualdade e a democracia, que se tornaram fundamentais para a construção do pensamento político moderno.

A teoria política de Rousseau é marcada por uma crítica ao absolutismo, que predominava em seu tempo. Para ele, o poder político deveria pertencer ao povo, e não a um monarca ou uma elite. Além disso, Rousseau defendia a separação dos poderes - legislativo, executivo e judiciário - como forma de garantir a justiça e a liberdade individual.

Outra obra importante de Rousseau é Emílio, ou Da Educação, publicada em 1762. Nessa obra, o filósofo apresenta sua visão sobre a formação do indivíduo desde a infância até a idade adulta. Segundo Rousseau, é necessário proporcionar uma educação voltada para a formação do caráter e da moralidade, e não apenas para o ensino de conhecimentos técnicos. Ele defendia um ensino baseado na natureza e no contato direto com o mundo, ao invés de um ensino formal e teórico.

A obra de Rousseau teve grande influência no pensamento político e pedagógico do século XIX, e ainda é objeto de estudo e debate na atualidade. Seu pensamento é considerado uma das grandes contribuições do Iluminismo para o avanço da liberdade e da democracia. Jean-Jacques Rousseau faleceu em 1778, deixando um legado intelectual que inspirou gerações de pensadores e transformou a história das ideias.